Pai

Hoje é dia de comemorar esse cara que me enche os olhos d’água e orgulho mesmo antes de eu terminar de escrever essa primeira frase. 

Meu pai é esse cara que pode dar aula, abrir universidade e dizer como faz direito esse negócio de paternidade. Ele é o cara que, junto da minha mãe soube fazer com que paternidade não tivesse absolutamente nada a ver com estado civil. Absolutamente nada!

Eu me inflo de amor em ver minha mãe dizer o quanto meu pai era o cara que colocava a mão na massa, sem medidas, quando a gente era pequena. E ele sempre continuou colocando.

De me ensinar a fazer fogo com a lupa e folha seca, a me ensinar exaustivamente que o pronome possessivo ‘nós’ em inglês era ‘our’. Foi o último que eu aprendi, não entrava na minha cabeça. Ele de frente pra mim apontava o dedo alternadamente entre ele e eu e dizia: “Oooour, Laura”.

Talvez ali tenha ficado gravada a lição mais importante da nossa vida. A gente sempre se lembra disso e ri muito. E não por acaso, esse pronome, our. 

Meu pai é o Marcos Piangers e o Paizinho, Vírgula da era offline pré internê. Só que melhor, afinal, ele é o meu pai! 

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