Família

Belo Horizonte

Nascimento Lara

É impossível não sentir amor brotar aqui dentro olhando pros registros que fiz do nascimento da Lara. Tudo devidamente embebido em ocitocina. E, daqui de longe, finalizando os arquivos, novamente eu chorei, igualzinho no dia em que a Lara nasceu. Novamente eu senti amor pelo que foi e senti orgulho da Talita e do Diogo, pelas escolhas, pelo caminho, pela Lara. E senti gratidão imensa pelo universo ter me colocado ali, através de vocês. Talvez eu nunca consiga agradecer a vocês o suficiente pela oportunidade.


Por tantos motivos, fotografar um parto que se conectasse com as minhas crenças, era um sonho na minha lista de coisas a fazer nessa vida. Muito provavelmente porque pra mim, nada pode ser mais maravilhosamente incrível, potente, puro e primitivo como dar a luz. 


No momento em que a Talita e o Diogo me convidaram pra fazer os registros do nascimento da Lara, eu me enchi de alegria. Por toda intimidade e confiança que envolve um parto normal, eu entendi meu lugar, e segurei inteira minha função. Como todo parto normal, seria no dia e na hora que essa pequena bem entendesse. Ou dias, e horas. Várias horas. 35 horas de trabalho de parto se não me falha a memória. Eu torci muito pra que a Lara escolhesse um momento em que eu pudesse estar presente. Então, faltando oito dias pra eu me mudar de país (escrevo sobre isso em algum outro momento), minha vida ao avesso e entre tantas outras emoções, pude viver mais essa.


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Agradeço imensamente à Dani Wykret que também foi doula dessa fotógrafa aqui, na sua primeira viagem pela maravilhosa e respeitosa aventura no registro de um parto humanizado.

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Equipe Bom Parto,  Hospital Sofia Feldman, Daniela Wykret, Walter Guimarães, Aryanne Policarpo, Miriam Siqueira